A Câmara Administrativa de Guaratinguetá decidiu
e pronto. A época não era favorável à pescaria mas os pescadores que se
virassem. O Conde tinha que provar do peixe do rio Paraíba.
E a convocação foi lida em toda a redondeza. João Alves, Domingos Garcia e
Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se
lançaram na difícil tarefa. Remaram a noite toda sem nada pescar.
No Porto de Itaguaçu, lançaram mais uma vez as redes. João Alves sentiu que a
sua rede pesava. Serão peixes? Puxou-a. Não. Não eram peixes. Era o corpo de
uma imagem. Mas ... e a cabeça, onde estava? Guardou o achado no fundo do
barco. Continuaram tentando achar peixes.
De repente, na rede do mesmo pescador, uma cabeça enegrecida de imagem. João
Alves pegou o corpo do fundo do barco e aproximou-o da cabeça. Justinhos.
Aquilo só podia ser milagre. Benzeram-se e enrolaram os pedaços num pano.
Continuaram a pescaria. Agora os peixes sabiam direitinho o endereço de suas
redes. E foram tantos que temeram pela fragilidade dos
barcos...