Principal
destino de turismo religioso do Brasil, Aparecida, no Vale da Fé, atrai
anualmente milhões de peregrinos e romeiros que vão prestar suas homenagens a
Nossa Senhora Aparecida, pedir a sua intercessão e/ou pagar e fazer promessas.
Dentre os
romeiros que visitam o Santuário Nacional de Aparecida, muitos cumprem um
ritual que começou com seus avós e persiste até hoje, alguns vêm pela primeira em busca de paz, conforto
espiritual e também esperança — Esperança de cura, de emprego, de melhores dias, cheios de paz e de luz.
Eles chegam
de ônibus, de carro, de trem (em tempo passado), de moto, de bicicleta, a cavalo
e a pé. São pobres e ricos; são cultos e ignorantes; são homens públicos e
cidadãos comuns. Aqui estiveram o Papa, príncipes, princesas, presidentes,
poetas, padres, bispos, prioras, patrões e empregados. Vieram os pescadores.
A fé traz o romeiro a Aparecida e leva-o a comportamentos de pincéis famosos, câmaras e versos imortais. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.
A fé traz o romeiro a Aparecida e leva-o a comportamentos de pincéis famosos, câmaras e versos imortais. Olhos que buscam, vasculham ou se fecham para ler as mensagens secretas que trazem na alma. Lábios que balbuciam ave-marias, atropeladas pela pressa das muitas intenções.
Mãos que seguram as contas do rosário, a vela, o retrato, as flores, o chapéu.
Joelho que se dobram e se arrastam, em atitude de total despojamento. Pés
cansados pela procura de suas certezas. Coração nas mãos em forma de oferenda.
Na alma, profundo senso do sagrado.
O chão que pisam, a porta que transpõem, as pessoas que aqui residem, tudo tem
para eles significado transcendente. Este é o romeiro de Nossa Senhora
Aparecida. Alma pura, simples, do devoto que acredita, que se entrega à
proteção dos céus, sem dúvidas ou restrições.